Reprodução do livro "Rio de Janeiro – uma viagem no tempo"
Por Dagoberto Midosi
Creio que a maioria dos turfistas ignora que o Rio de Janeiro, na década de 20, possuía dois hipódromos: o Jockey Club Fluminense e o Derby Club (foto).
O primeiro, situado na rua Dr. Garnier, estação de São Francisco Xavier, e o segundo onde hoje se ergue o estádio do Maracanã, ambos só com pista de areia.
O J.C.F. veio a se transformar, em 1926, no Jockey Club Brasileiro (Hipódromo da Gávea), com pistas de areia e grama, sendo seu presidente e criador o Dr. Lineu de Paula Machado. A partir dessa época, passou a existir uma rivalidade, antes inexistente, entre as duas entidades pela hegemonia do turfe na então capital do Brasil.
Paulatinamente, o público foi dando preferência ao Jockey Club, abandonando o Derby. A situação chegou a tal ponto que seu presidente, Dr. Frontin – figura lendária –, resolveu que a solução para os problemas que o seu clube enfrentava era a fusão com o J.C.B.
E, assim, foi feito o acordo com a extinção do Derby, sendo que seus sócios passaram a sócios do Jockey Club Brasileiro.
Com essa providência, restou um único hipódromo, o da Gávea, e cresceu o número dos proprietários e de animais; o movimento de apostas aumentou; a mídia passou a dar espaço razoável nos jornais de maiores tiragens; e a evolução do turfe carioca chegou ao topo, em 1933, com a realização do primeiro Grande Prêmio Brasil e a criação do sweepstake – a famosa loteria, infelizmente paralisada.
Em outra oportunidade falarei sobre esta prova e os cavalos nacionais.
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