terça-feira, 15 de julho de 2008

NOS MÍNIMOS DETALHES

por Sérgio Melgaço


Grande Prêmio Onze de Julho (G2) – 1.000m – Grama
Páreo destinado a produtos de 3 anos e mais.


Requebra, filha de Put it Back e Talisa, por Lode, criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras, conseguiu sua quarta vitória, a terceira em prova de grupo com campanha muito bem traçada. Correu apenas 11 vezes.

Foi bem apresentada pela equipe A.C.Apolônio, talvez não ainda no último furo. Teve direção eficientíssima de C.Lavor.

Dada a partida, a veloz Sicília tomou a ponta. Jaguarão, que sofrera prejuízo 200 metros após o larga, recuperou-se logo e conseguiu entrar na reta já em segundo. Brigavam pelo terceiro posto Surf Boy, Ke Amour e Requebra, pelas linhas 6, 7 e 8, respectivamente.

No meio da reta ponteava Sicília, com Jaguarão se aproximando e,
mais abertos, Requebra e Ke Amour. Surf Boy renunciava à luta.

Na altura dos 150m ainda ponteava Sicília, com Jaguarão encurtando da mesma, Requebra, então com grande ímpeto, em terceiro e Ke Amour em quarto. B.Reis, a essa altura, ficou numa situação delicada; não poderia seguir em frente, pois atropelaria Jaguarão, e se abrisse pegaria Requebra, que tinha mais ação.

Nos 30m finais Requebra dominava Jaguarão, que dominava Sicília. Ke Amour, após totalmente dominado por Requebra, foi lançado por seu piloto por fora, que, por haver trocado de mão nesse lance, acabou descontando, correndo bem no final.

Requebra acabou livrando 3/4 de corpo sobre Jaguarão, que ganhou por ½ corpo de Sicília, que chegou 3/4 de corpo na frente de Ke Amour.

Surf Boy foi quinto, perdendo ação e chegando afastado, completando o marcador.

Em nosso ponto de vista, com maiores chances para o Suckow, estão Requebra, que ganhou fácil e é craque na distância. Não por acaso é recordista dos 1.000m.

Jaguarão, outro recordista na distância de 1.300m, agora parece especializar-se no tiro curto. Teve prejuízo e saiu-se muito bem, já que vinha de correr distâncias mais alentadas.

Requebra marcou para o quilômetro o tempo de 55s86. O páreo foi
corrido com cerca móvel e o penetrômetro pela manhã marcou 58.


Grande Prêmio Gervásio Seabra (G2) - 1.600 – Grama macia
Páreo destinado a produtos de 3 anos e mais idade.


Colorado Sam venceu e parece que o Stud Alvarenga contará com uma poderosa parelha para disputar o Presidente da República: Colorado Sam e Senhor Extra.

O ganhador, é filho de Notation e Val-Paineira, por Roba Fina, criação do Haras Santa Anita do Minuano e propriedade do Stud Alvarenga.

Falar do treinador Guignoni e do piloto Marcelo Cardoso é fazer chover no molhado. Esta parceria é fortíssima. É temerário apostar contra eles.

Lembrei-me que um dia, alguns anos atrás, Marcelo fez o seguinte comentário: “Os animais treinados pelo Guignoni correm mais no inverno.”

Tentamos raciocinar sobre o porquê dessa afirmação e chegamos à conclusão de que seus animais são mais poupados no verão, em virtude do excessivo calor que faz no Rio nesta época do ano. Uns suam mais, outros menos, e Guignoni os guarda para a temporada de inverno, quando são disputadas as provas mais importantes.

Na semana passada, procuramos o treinador e lhe perguntamos se aquela afirmação procedia. Guignoni, com toda a sua modéstia, respondeu: “Os
responsáveis pelas vitórias, são sempre os cavalos”, e pronto.

Não entendemos nada e ao mesmo tempo entendemos tudo.

Os altamente capazes são assim mesmo. Têm sua maneira de atuar e freqüentemente se escondem atrás de seu próprio saber.

O páreo desenvolveu-se num ritmo não muito forte, revezando-se na
ponta Ptgualicho e Caio de Naranjos. Colorado Sam corria terceiro, assistindo a briga, e Fiorentino, com Duarte, em quarto. A seguir, Only Solution, Rubro Negro, Prodo e Petroleum. No final da curva, os quatro primeiros permaneciam nesta ordem, e aparecia Prodo já em quinto.

Nos 400m, Caio de Naranjos ia dominando Ptgualicho, que começava a esmorecer. Mas nos 200m, ele ficava para Colorado Sam, que em rápidos galões assumia a vanguarda.

A partida de Marcelo foi dada na hora certa, pois Fiorentino atropelava forte com Duarte e, no 100m, passava para segundo, encurtando bem do ganhador e chegando a meio corpo do mesmo.

Prodo, que no início corria penúltimo, virou reta em quinto e conseguiu passar por Caio de Naranjos nos 20m finais. Este teve participação muito ativa no páreo e foi bom quarto. Rubro Negro completou o marcador.

A dupla do páreo se deu com grande destaque.

O vencedor marcou para a milha o tempo de 1m36s19.

A pista estava macia. O penetrômetro marcara 58 pela manhã, e o páreo
foi corrido com cerca móvel.

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